Trabalho desde cedo

 

Foi no Bom Retiro, no centro da cidade, que Abram Szajman passou a infância e a juventude. As características do bairro, com a sua atmosfera plural e democrática, foram determinantes para a formação do caráter do empresário, conhecido pelo hábito de ouvir opiniões e sugestões e pela coragem de tomar decisões. Foi uma infância pobre: o pai trabalhava com costura de roupas. Quando menino, jogava futebol com bola de meia nas ruas do bairro, algumas ainda de terra. Aos dez anos, após concluir o curso primário, começa a trabalhar como office-boy na malharia do tio. Aos poucos, passa a atender a clientela e, com o tempo, vira uma espécie de “faz-tudo” da loja. 

Os anos de ofício na empresa familiar foram um aprendizado para, mais tarde, criar o próprio negócio, a Vale Refeição (VR), empresa que liderou o mercado e virou referência no segmento de refeições conveniadas. Abram fez o curso comercial básico na Escola de Comércio Tiradentes, também no Bom Retiro, e concluiu o curso técnico de Contabilidade na Fecap, no Largo São Francisco.

 

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A presença de uma unidade do Sesc ou do Senac é capaz de transformar a região e trazer benefícios para a população que ali vive e circula. A abertura de novos endereços também tem outro papel importante do ponto de vista de manutenção da memória, por meio da recuperação e reabertura de prédios tombados por órgãos de preservação do patrimônio histórico e artístico, dando à população a oportunidade de reocupar e utilizar novamente esses espaços.

Em um processo acompanhado de perto pelo presidente da FecomercioSP, Abram Szajman, a construção de cada nova unidade é antecipada por um estudo meticuloso sobre qual seria impacto para a comunidade local, como aconteceu recentemente com a inauguração do Sesc 14 Bis, na região central de São Paulo, pensado para atender os moradores dos bairros do Bixiga e Bela Vista, comunidades compostas, em sua maioria, por trabalhadores de média e baixa renda que poderiam se valer dos equipamentos que a instituição oferece. O fácil acesso à população, por meio do transporte coletivo, é outro aspecto levado em conta na hora de bater o martelo sobre a construção de um novo Sesc ou Senac. 

O objetivo é recuperar prédios tombados por órgãos de preservação do patrimônio histórico e artístico, sobretudo na região central da capital paulista, devolvendo-os à população. É o caso também do tradicional edifício João Brícola, localizado em frente ao Theatro Municipal, nova sede administrativa da instituição. O local que por décadas abrigou a loja do Mappin, passou a ser gerenciado pelo Sesc, com o pavimento térreo aberto ao público. Já o Sesc 24 de Maio, em conceito arquitetônico assinado por Paulo Mendes da Rocha, recupera o antigo prédio da Mesbla, fechado em 1998. A piscina semiolímpica, na cobertura, com capacidade para 400 pessoas, oferece uma vista panorâmica da cidade de São Paulo.

 

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