Vidas Transformadas

 

É comum ouvir que o Sesc e o Senac fazem o que o governo não é capaz de fazer. Nas últimas décadas, o Sesc ampliou as atividades de cultura, esportes e lazer, enquanto o Senac estendeu amplamente a área de atuação na formação profissional. A estratégia definida por Abram Szajman foi a de levar as unidades para perto dos usuários, que raramente dispunham de facilidades para desfrutá-las. A expansão visava ocupar regiões que passavam por transformações, onde a presença de um Sesc ou Senac pudesse fazer a diferença e trazer benefícios à população que ali vivia e circulava.

O papel de transformação social do Senac e o caráter socioeducativo das ações artísticas do Sesc foram pensados como uma alavanca para melhorar a qualidade de vida das pessoas atendidas pelas instituições, já que muitas delas não são beneficiadas por políticas públicas. 

O Sesc-SP é pioneiro e referência no atendimento à terceira idade no Brasil, com um programa iniciado em 1963. A instituição foi fundamental para a criação do conceito de trabalho social com idosos, focando no protagonismo e no envelhecimento ativo e saudável, por meio de ações integradas nas áreas de Saúde, Educação, Cultura, Assistência e Lazer. 

O Programa Senac de Gratuidade (PSG) oferece cursos profissionalizantes gratuitos para pessoas de baixa renda, com rendimento familiar per capita de até dois salários mínimos, que também sejam estudantes ou egressos da educação básica e/ou trabalhadores.

Alcançar novos públicos e oferecer as oportunidades de crescimento pessoal, mais participação social e acesso aos bens culturais é uma das marcas da gestão do empresário, que tem orgulho de dizer que o Centro Universitário forma, anualmente, em torno de 500 mil pessoas nas diferentes unidades e nos diferentes cursos do Senac, que dispõe de 63 unidades, como o centro universitário e dois hotéis-escola, localizados em Águas de São Pedro (Grande Hotel São Pedro) e em Campos do Jordão (Grande Hotel Campos do Jordão). 

Já o Sesc, com suas atividades de cultura, esporte, lazer, saúde e educação, recebe cerca de 2,5 milhões de frequentadores mensais nas 42 unidades distribuídas por todo o Estado. A instituição é amplamente reconhecida por sua atuação na formação de público para a cultura e por revelar novos artistas, promovendo o acesso à arte e a participação social por meio de diversas programações e projetos. Ao integrar artistas e público, a instituição contribui para o registro da memória cultural brasileira.

 

Outras histórias

 
 

Nas últimas décadas, o Sesc ampliou as atividades de cultura, esportes e lazer, enquanto o Senac estendeu amplamente a área de atuação na formação profissional. Depois de conseguir “arrumar a casa” e recuperar as finanças e a reputação da FecomercioSP, a estratégia adotada por Abram Szajman foi a de levar as unidades para perto das casas das pessoas, a maioria delas não atendida por políticas públicas eficazes.

Em muitas cidades do interior paulista, o Sesc atua como o principal polo cultural e de lazer, especialmente onde a oferta de atividades e espaços para a comunidade é limitada. Da mesma forma, o Senac também atua como agente principal e uma referência em educação profissional.

O plano estratégico de expansão visa levar novas unidades tanto para as periferias da capital — como os bairros de São Miguel Paulista, no extremo leste, e Campo Limpo, na zona sul —, como para o interior paulista, caso de Franca, que recebeu recentemente a maior unidade do Sesc do interior, com 35,5 mil metros quadrados e capacidade para atender 2,5 mil pessoas diariamente.

Além de Franca, outras unidades estão previstas para ser entregues no interior, como em Limeira e Marília. Na região metropolitana, uma nova unidade será erguida em São Bernardo do Campo. O prédio de Taboão da Serra, por sua vez, já está em funcionamento com diversos cursos livres, técnicos e ensino médio técnico, além de eventos e atividades.

Na capital, o Sesc Pirituba deve ser entregue à população no fim de 2029. Já o Senac confirmou a abertura de uma nova unidade na Freguesia do Ó.  “Hoje, vejo com alegria que o Sesc e o Senac permitiram que muitas pessoas tivessem mais participação na sociedade brasileira. Isso é que tem valor para mim”, destaca Szajman.